domingo, 16 de junho de 2013

VIDA

E botando reparo na lida, Lida diária do povo sofrido, Que labuta dia a dia, Na chuva, no sol, No frio do dia que segue. E botando reparo, Somente se vê o dia, A luta de quem grita, De quem sobrevive (vive). E botando reparo, Vou andando… seguindo, Vendo, vivendo, Vivendo como os que estão na lida, Lidando também! Sonia Murbach, 05/06/2013

sábado, 23 de março de 2013

SENHOR TEMPO! E o tempo não para... Ele passa e leva todas as certezas e também as incertezas... Leva a dor, mas leva também o riso, leva a saudade, mas também leva a presença trazendo de novo a saudade... Leva a vida, trás a morte. Leva tudo com suavidade ou como um furacão... O tempo é senhor de tudo... Da alegria e da tristeza, da vida e da falta dela. Sonia Murbach
Hoje eu estou meio assim... Lembrando-me do meu tempo de criança, onde tudo que eu vivia era puro, era doce. Lembro-me que meu pai chegava do trabalho e pegava a gente no colo, me lembro das bolhas de sabão que ele fazia de maneira tão carinhosa... Lembro-me pai, de quando você ficou a noite toda comigo no colo porque eu sentia muitas dores na mão... Lembro-me de teu carinho e teu cuidado que não tinha fim... Lembro-me da bicicleta onde você coloca a gente nela e levava a gente para passear... Saudade do tempo de criança que longe se vai e não volta mais. Saudade da tua figura querida que hoje já não vejo mais, saudade do pai que você foi e é, porque você continua ao meu lado, mesmo na distância. Sonia Murbach

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

CERTO E IMPROVÁVEL



O certo e o improvável andam de mãos dadas,
Andam pela estrada afora
Sem perguntas e nem respostas
Porque o certo se acha certo demais
E o improvável pode nunca ser
Então só andam
Sem perguntas e nem respostas
Sem porquês e pra que...
São almas afins que só andam
E esperam aflitas pelo fim
Certo e improvável... Sempre
Lado a lado,
Vida a vida,
Mas inseparáveis
Porque não conseguem se desvencilhar de si mesmo.
Se julgam,
Julgam,
Se calam,
Se estraçalham,
Mas não se largam
Machucam... São machucados,
Mas não sei por quê...
Não se largam.
Talvez porque o certo ache sempre certo,
E o improvável não acredite que não pode ser.
Enquanto isso eu grito de dor,
Pelo certo que não é certo,
E o improvável que não aceito.

sábado, 20 de março de 2010

As vezes paro e penso se vale a pena lutar.
Se vale a pena tudo ver, tudo sentir...
E não poder sair do lugar.
É muito difícil aceitar as condições que nos são impostas,
Difícil olhar adiante sem ver o passado,
Sem ver o ontem...
Como enfrentar cada situação nova,
Se vivemos presos a tudo,
Tudo que desde sempre nos aprisionam.
Como mudar toda uma vida,
Se vivemos os pensamentos alheios,
Vivemos o querer do outro?
Tudo isso são perguntas que me confundem,
E confundem todo meu ser.
Perguntas sem respostas,
Pois muitas vezes sou um ser sem resposta...
Acho que no fundo estou a procura,
A procura de mim,
Sem conseguir me ver, me enxergar.
As vezes me perco neste querer,
E tenho medo...
Medo de fazer tanto,
E não sair do lugar.
Tudo isso deixa dúvidas,
Pois o que procuro é eu,
Simplesmente eu...
É poder correr atrás do meu sonho,
E poder realizá-lo.
Não quero apenas sonhar,
Quero realizar... Achar o meu lugar!

domingo, 7 de março de 2010

Procuro a saída,

Não vejo , não acho...

Tenho medo do silêncio que se fêz,

Que a cada dia toma conta do meu ser.

Tenho medo da procura que há em mim,

Tenho medo do meu tudo que se vai... sem volta.

Não sei pra onde ir, nem sei o que fazer.

Tô agindo assim... com medo,

Com o medo que trago em mim,

Onde tudo se perde,

Onde tudo vira nada.

Não sei o que fazer, pois a saída,

A única que vejo,

É tão estreita que não vejo como sair.

Pra onde ir?

Que fazer?... não sei!

Só sei que estou só e com medo,

Muito medo...

Que fazer? Que fazer?


Sonia Murbach